domingo, 24 de outubro de 2010

Honestidade ao ponto

Ao longo dos séculos, a evolução moral de cada sociedade se altera. É possível notar, hoje, variações de como se posiciona o homem em relação à honestidade. Por bom caratismo ou tentativa de melhorar a imagem individual, a questão é até quando ela deixa de ser uma virtude e se torna conveniente.
Para muitos, é necessário ser honesto a fim de se melhorar o país, já que tanto se critica os políticos desonestos. Outros o veem como forma de diminuir o risco de ser prejudicados, pois esperam que a recíproca seja verdadeira nas relações cotidianas. Há também aqueles que são honestos apenas para promover sua imagem, preferem ser definidos como tal, mesmo sendo desonestos. Uma pesquisa feita por uma grande revista no Brasil revelou que a maioria da população se diz honesta. Porém, muitos disseram ser capazes de se corromper caso ninguém soubesse, o que mostra a inversão de valores, o ser se confunde com o parecer.
Um problema atual é a tentativa da população de dividir em graus a desonestidade. Quando um político desvia verbas públicas para benefício próprio, é inaceitável pelas pessoas. Porém, é aceitável receber um troco a mais e não devolve-lo, ou furar uma fila. A aceitação dessas pequenas corrupções da vida cotidiana gera a banalização de atos desonestos. Com isso, as próximas gerações tendem a aceitar práticas cada vez mais graves, contribuindo para minar o real sentido da honestidade.
Portanto, a problemática presente na honestidade nos dias de hoje se percebe em diversos ambitos. A finalidade varia dependendo das intenções de cada um, onde não se deveria ter objetivos individuais como condições para ser honesto. Outra questão se encontra nas possíveis interpretações, em que a virtude se confunde com a conveniencia, o ser com o parecer, e o aceitável se torna, infelizmente, cada vez mais flexível.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VIVA O AMOR DOS VIRA-LATAS

Casal de mendigos preso por atentado ao pudor: Francisco Souza, 32 anos, e Marlene Silva, 30, foram presos no Rio de Janeiro ao serem pegos fazendo sexo na esquina da Rua X com a rua Y, entre papelões e lixo, às 5 horas da tarde, nesta quarta-feira.

Viva os dois, que original!

Mas nessa cidade cinza, nesse mundo seco,

O amor fundamental pode ferir a Moral.

Que importa para eles os carros passando?

E as pessoas que passam olhando?

Para eles, nada vai incomodar, o amor é presente

naquele momento, amor de se amar.

Se eles não tem casa pra morar,

Se não tem cama pra deitar,

Se não tem dinheiro pra comprar,

Papelão e lixo eles tem pra se amar!

Viva os dois, que original!

Mas essa hipocrisia, essa polícia vadia, feriram o momento:

Coito interrompido no sofrimento.

Eu queria dar ao homem um dinheiro,

para ele, após trabalhar o dia inteiro,

dar uma Rosa ao seu amor

Rosa de Carne, Paixão, de Sonhar

Sonho de amor, amor de se amar.