O amor é um cheiro que bate no nariz e dá vontade de chegar mais perto?
É o sorriso dela te falando "me beija"?
Ou amor é aquele frio na barriga que você fica quando está com ela?
Querer ser perfeito é difícil, ainda mais quando ela é perfeita. Missão de soldado americano.
Amor é compartilhar saliva e braços e coca-cola?
Perder a noção do tempo?
Esse relógio tá rápido demais, meu amor, tic-tac.
O amor não pode ser escrito.
Tolice dos poetas mal amados que tentam há séculos definir o amor.
Eu faço dele meu. Do nosso jeito. Porque amor de verdade eu não sei nem o que é.
Não sei se já amei, não sei se vou amar,
Mas eu sei é que essa vontade louca de ver voce é gostosa demais.
E falar e ser ouvido? E quando os dois amam o mesmo filme e a mesma música e as vidas se cruzam?
Aí é coisa de cinema...
Pois acontece que a vida e o amor passam como um filme de cinema.
A gente não percebe porque quem tá na telona somos nós.
Fica escuro, os espectadores ficam em silêncio, só contemplando.
Primeiro são os traileires, tentando convencer as pessoas a verem o filme.
Muita propaganda, só mostram as partes boas.
A gente ri um bocado, é tudo lindo. Esse deve ser bom, né?
Então começa o filme de verdade, aquela música acompanhando um dos personagens,
Ele atarefado, sempre numa correria, então conhece ela.
A partir daí o filme muda todo, por que quem tá sentado começa a se ver também na tela, e a gente esquece da vida.
...
Espera senhor lanterninha, não acende a luz ainda.
Temos que levantar e ir embora, mesmo não querendo...
Já sei! Se o filme for bom a gente volta amanhã, e depois, e a gente compra quando lançar em DVD.
Assim o filme pode ficar pra sempre passando.
E os espectadores não vão deixar de vê-lo nunca. A gente vai atuar nele pra sempre,
Porque assim como no cinema, o amor acontece enquanto olhamos pra ele,
Se pararmos de ver ou sair muito para comprar pipoca e ir ao banheiro, a gente perde partes do filme...
E fica difícil entender no final.
Boa sessão.
